domingo, 8 de julho de 2012

"Ninguém está livre dos modismos"

Ninguém está livre dos modismos. Acredito que nada na vida deve ser oito ou oitenta. É que o radicalismo cheira à ignorância, ignorância rima com intolerância e assim por diante. Mesmo que em alguns momentos falte paciência, às vezes precisamos de leveza, de não levar muito a sério os modismos falsificantes. No entanto, o que mais me incomoda é quando tentam nos empurrar garganta abaixo uma centena de produtos, gostos e comportamentos padronizados que ontem sequer existiam, mas que hoje DEVEM ser uma febre. E as principais presas desse produto, que de certa maneira é o passaporte para a inserção, são os jovens. Depois, será uma vida para “descolar”, “desentranhar”, todas essas camadas de modismo sobre nossas cabeças, o que me lembra – com licença poética - daquelas bonecas russas : no fim, apenas um serzinho minúsculo e medíocre.
É que ontem caí acidentalmente, o que já é uma redundância, em um bar lotado onde seria exibida uma luta do UFC. Antes de começar a partida, quer dizer, a luta, os amigos me introduziram a querela que existia entre os dois lutadores: Anderson Silva iria vingar os brasileiros pela ofensa proferida à pátria pelo falastrão americano Sonnen. Isso tudo em Las Vegas. Até certo ponto foi interessante experimentar aquele clima de Coliseu nas terras dos marqueteiros mais talentosos, mas foi só. É porque me senti alienado, que mundo é esse que você vive? Meus amigos perguntavam. Eu não sabia o nome dos lutadores e foi a primeira vez que vi a imagem de Anderson – apesar de seu nome ter conseguido transpor os meus filtros antimodismo. Ao final, uma mala foi aberta (e incrivelmente não saltaram todos os males do mundo!). Sertanejo universitário era o nome daquele gênero.
Já cansado de tantos socos e pontapés, mas com a alma lavada e convencido de que devo começar a treinar jiu-jitsu na semana que vem – porque amanhã tem FLA X FLU – chego em casa e vou vasculhar os posts na minha página inicial do facebook: “Gretchen deixa A Fazenda”. Ri...
O riso descontrai.

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